Desde ontem uma interessante questão se fez para mim: como contrabalançar a necessidade que tenho de sair andando por aí como uma menina e o choque que isso causaria em quase toda a humanidade que fosse ver tal cena.
A princípio, nenhuma preocupação deveria vir a tona, afinal de contas, vamos voltar àquele velho chavão de que "ninguém paga as minhas contas", etc e tal. Mas entra a questão, tão trabalhada no tal do livro sobre a imperfeição que te comentei posts atrás, da vergonha. E aí, jovem, o que fazer com isso?
A questão se resume de uma forma ridicula e cruelmente simples: devemos preservar nossa imagem (e a de nossos entes queridos) ou mandar tudo à-tonga-da-mironga-do-kabuletê?
Se estivesse sozinha nisso, como diria certo ministro, mandaria às favas os escrúpulos de consciência e partiria para o abraço. Mas tenho família e esposa, além de domicílio numa cidade de porte médio, o que possibilitaria uma rede de fofocas considerável. Assim...
Outra coisa: como ainda sou um ogro, não tenho acesso, ou permissão, a muitas coisas simples de mulherzinha, dentre as quais destaco três: furo na orelha, ser depilada e ter cabelo grande... assim, como certa amiga me disse ontem (e se ela ler este post vai reconhecer...) fica difícil tentar o mínimo de feminilidade sem ter, pelo menos, as pernas lisas...
E assim caminha a humanidade, jogando água fria nos pulsos para ver se esquenta, em vez de se jogar no lago...
Para meu consolo (sem duplo sentido...) só mesmo minha Laurinha...
PS.: Tem algumas amigas minhas a quem esta música se aplica também, embora não pelos mesmos motivos que os meus. A quem a carapuça servir, escute com carinho esta canção também!
entendo perfeitamente o q passa, toda minha solidariedade. adoro seu blog, parabens! Bj
ResponderExcluirVergonha todas nós cd's temos de algo no nosso corpo, na nossa vida, coisas assim. Sair e "dar a cara a tapa" não é fácil. Recentemente fiquei sabendo que alguns amigos homens souberam da Claudia através de um fofoqueiro que se diz amigo. Daí alguns deles deixaram de ser meus amigos, pelo que eu soube. Sobre isso eu digo: Se eles não me aceitam como eles me conhecem, então eles nunca foram meus amigos. Eu escondi esse meu lado feminino por muito tempo, me deixando triste, não depressiva. Fui e sou uma pessoa sozinha que não tem namorado e nem namorada até hoje, com 40 anos de idade.
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