quarta-feira, 16 de julho de 2014

Alta Ajuda

Diário,

Quando você tem uma situação de desajuste social como a minha, você começa a se agarrar em mil e uma formas de consolos (no bom sentido) ou formas de entender como (re)agir a esta brincadeira do destino que ele lhe impõe. E tenta se convencer de que "não, a situação é meio esquisita, mas dando-se um jeito aqui, um outro acolá, chegamos a um denominador comum". Ou então tentamos, pelas vias mais tortuosas, descobrir qual a razão disso tudo...
Sinceramente, nunca me liguei para saber a causa disso tudo, mas confesso que nos últimos tempos estou procurando auxílio não para descobrir a razão, mas sim para tentar me virar no futuro quanto à minha escolha. Neste sentido, descobri um livro interessante, cuja capa coloco aqui do lado, se chama... "A Arte de Ser Imperfeito", de Brené Brown...
Ainda estou no início do livro, não sei se ele servirá ainda como trampolim para a grande virada, pelo menos ele falou muito, até onde li, sobre vulnerabilidade e agora estou no capítulo sobre a vergonha (bem a minha cara tal situação...)
E li um trecho altamente interessante agora há pouco, quando voltava para casa, que gostaria de compartilhar com vocês. Pelo menos serviu direitinho para a minha situação. E talvez para quem esteja me lendo agora:

"Todos sentimos vergonha. Todos temos o bem e o mal, a escuridão e a luz dentro de nós. Mas, se não nos reconciliarmos com nossa vergonha, com nossos conflitos, começaremos a acreditar que há algo errado conosco, que nós somos maus, defeituosos e, pior ainda, começaremos a agir com base nessas crenças. Se quisermos ser pessoas plenas, estar inteiramente conectados com a vida, precisamos ficar vulneráveis. E para isso temos que aprender a lidar com a vergonha"

E aí, gostaram? Enseja alguma reflexão? Eu gostei quando ela falou de nos "reconciliarmos com nossa vergonha"... e foi isso o que mais fiz, mais pratiquei, mais me exercitei nos últimos tempos: ver meu crossdressismo não como um fardo, mas como uma oportunidade, uma chance, poderia ser até mais sarcástica, uma grande sorte, em suma, é a Grande Questão da minha vida.
O mundo lá fora, já dizia Rocky Balboa no trecho abaixo, quer nos fazer sentir inúteis, incapazes, insossos. Mas, no momento em que nos damos conta de quem realmente somos, aí nossa vida começa a fazer toda a diferença. Não era a minha intenção me alongar sobre o tema, que ainda deve render uns dois ou três posts... mas, #ficaadica...  Enquanto isso, aprendam com Rocky Balboa:


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