segunda-feira, 28 de julho de 2014

27 de Julho de 2014 - Cap. 8 - Sozinha, no Ônibus

Solitário Diário,

Uma coisa é você ter uma pessoa que lhe incentiva, acha tudo a coisa mais natural do mundo. Outra coisa é você sair do raio de ação desta pessoa e ficar sozinha, vestida diferente, e sendo a atração de vários olhares, dos indignados aos curiosos. E era assim como me sentia na fila do ônibus. Até uma passageira fez sinal para seu colega, provavelmente falando de mim.
Mas eu estava no lago.
E a água não era fria.
Ou melhor, era até fria, mas não tinha mais como voltar atrás.
Meu medo maior seria o de encontrar alguém conhecido, que estivesse voltando para casa. Aí não teria jeito, teria q me assumir mesmo e dane-se o mundo. Mas não encontrei ninguém.
Minha companheira de banco não estava a fim de muita conversa. Fiquei teclando no celular com umas amigas, contando a novidade, até a bateria acabar. Aí, a BFF que começou tudo me deu uma recomendação, ao ouvir dizer que estava tão feliz que estava com vontade de chorar: Chore, escondido, mas chore... peguei meu MP3, coloquei na Laura Pausini querendo ouvir esta canção, e chorando copiosa mas discretamente:

E os versos que não saiam da minha cabeça naquele exato momento eram: "E so che sostenere il colpo non sarà mai facile"... eu sei que aguentar o golpe nunca será facil... mas eu estava no jogo, agora aguenta!

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