Sabe aqueles barzinhos do final do clip do post passado? Foi num deles em que me aboletei com uma empolgada Adaptada que contou-me as coisas que a agoniava, eu idem, trocamos alguns risos, algumas lágrimas, refletimos um pouco sobre nossas vidas e, enfim, lá estava eu, em plena madrugada no baixo Méier, as Vanessa, vivendo um pouco o que meu passado não me permitiu viver, o prazer de simplesmente estar jogando conversa fora e batatas fritas pra dentro (do estômago) como sempre queria estar...
No final, ainda recebo de brinde uma carona até minha casa, mas não sem antes participar de um momento que me deixou um pouco mais tocada nesta noite totalmente fora do padrão e por isso mesmo, inesquecível...
Fomos fazer uma parada no McDonald´s de Vila Isabel (sim, fui parar por lá ainda) e, entrando lá por volta de umas duas da manhã, vi algumas meninas vestidas e as olhei. Sim, eu estava como elas. Foi a mesma sensação que eu tive mal tinha comprado a bota em Friburgo e ido em direção ao shopping: eu não precisava mais invejá-las...Comentei com a Adaptada, mas este tipo de coisa não sei verbalizar ainda, tentarei aqui, mais uma vez: era como se eu não as precisasse mais invejar, ou desejar estar vestida como elas. Eu era uma delas agora, muito embora meus pêlos e minhas gônadas berrassem justamente o contrário. Mas eu faria ouvidos moucos. Eu era uma delas. Eu estava feliz.
Assim como provavelmente deixei a Adaptada feliz, justamente por ouvi-la e por ela me ouvir. Ainda brinquei com ela: a noite nem acabou e já estava com saudades... Foi lá onde tive aquele insight de posts atrás, de que algo, ou alguém me impedia de procurar ou receber a ajuda de alguém enquanto eu não estivesse segura do que eu realmente queria.
E estar vestida naquele dia era a prova cabal do que eu realmente queria.
Eu tinha me reconciliado comigo mesma, após tristes vinte dias.
Estava em paz.
E, por mais brega que possa parecer (e estou escrevendo com a mesma roupa que estive lá na semana passada, com exceção das botas, e praticamente no mesmo horário que voltei de lá, três e varada da madrugada), eu e a Adaptada soubemos, naquela madrugada de 30 para 31 de agosto de 2014, that´s what friends are for...
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