"Querida Vanessa Jones, todas as cd´s, e eu me incluo tbm, queremos isso, poder sair produzidas pelas ruas sem se preocupar agressões verbais ou físicas dos 'machões'. Sermos bem recebidas nos lugares aonde vamos"
Você vê, querido Diário, que, como cantaria Laura Pausini, isso tudo o que eu vivo não é apenas uma mera fantasia minha ou devaneio. Todas nós temos estes sonhos, algo tão comum, tão banal, tão comezinho... e olha que nos posts sequer tratei das tais "agressões verbais ou físicas dos 'machões'"... é como comentei certo dia com uma outra amiga minha, ao comentar sobre uma colega de trabalho que estava vestida como eu gostaria de estar, e que agora reproduzo para você: minha questão pode parecer brincadeira, levo isso numa boa, na esportiva, mas lá dentro, no fundo no fundo, eu sofro horrores por isso... e. assim como eu, essa minha amiga e várias outras pessoas devem sofrer. E, no meu caso pelo menos, o sofrimento começa cedo pela manhã, ao sair na rua e ver meninas e senhoras vestidas como eu queria estar, usando saias, vestidos, bolsas, se maquiando para ir ao trabalho, enfim... vivendo, como tristemente versejaria Manoel Bandeira em Pneumotórax, "a vida inteira que podia ter sido e que não foi"... é... só nos resta agora dançar um tango argentino!
Falando em poesia, certo mesmo está o poetinha Vinícius de Moraes ao também versejar em "O Dia da Criação" (uma das minhas poesias favoritas do meu poeta favorito), ao cantar que "há a sensação angustiante (porque hoje é sábado) de uma mulher dentro de um homem"...
É... no fundo é triste, bem triste... esforçarmo-nos por ser quem somos, como diria Nietzsche (saúde!)... mas, se são estes os limões que a vida nos dá, resta-nos a nós o consolo de uma doce limonada... desde que saibamos a nobre arte de espremer os limões da nossa vida...
"...cantando eu mando a tristeza embora..."
Bjus e obrigada por postar o meu comentário, querida.
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