Familiar Diário,
Lembrou-se do final do último post? Pois bem, com a anuência um tanto quanto inconsequente da Sócia, fui-me quase manquitolando (meus dedos do pé já começavam a pedir arrego...) ao restaurante, depois de minha última aquisição, que pensava em usar logo mais...
Com o tempo você percebe, andando bastante na rua, que as pessoas vão continuar te observando, mas você já começa a agir sem neura e com maior naturalidade. Em certos momentos, você consegue até brincar com o inusitado da situação ou levar numa boa e, de repente, fazer até uma boa e inesperada amizade... cala-te boca, já estou me adiantando... voltemos à janta...
Quando entrei no restaurante procurando a sócia e família, novamente senti aquele estranhamento natural de se sentir estranha e de repente todos no recinto olharem espantados para um homem com bota e legging, sem contar na blusa... mas durou uns cinco segundos, suficientes para encontrar o pessoal e me sentar logo (pelo menos a parte de baixo, que denunciaria mais, ficaria devidamente escondida...)
Jantei uma lasanha aos quatro queijos (prato de gorda fã do Garfield!) e voltei sozinha para o hotel. Não estava longe, é verdade, só para meus mindíssimos... com um vestido novo e uma vontade louca de sair logo mais à noite!
O que se segue depois foi o relato contido nos posts "Neste Exato Momento", sobre a Mayara (ou será Maiara, ainda hoje não sei...) e sobre as músicas da Sandy. Portanto, ao leitor neurótico que deseja manter uma certa coerência cronológica, peço que (re)leia os posts acima indicados. Refeita do que vivi naquele momento, posso afirmar com certeza: foi, apesar do medo e do pavor de estar andando sozinha numa cidade desconhecida em plena madrugada, foi um dos momentos certamente mais emocionantes da minha vida. Não sei se chega a comparar com São Paulo semana passada, aquele foi um momento de porralouquice (#quemnunca?) a se repetir de décadas em décadas. Ali não. Estava tudo planejado, estava tudo como eu queria que fosse: eu, curtindo uma ainda que caricatural feminilidade, mas cuja tendência, minha senhora já começa a se lamentar, parece ser irreversível... para ela, a questão não é mais SE eu me tornar Vanessa, e sim QUANDO me tornar Vanessa.
E esse QUANDO, segundo ela, está cada vez mais próximo...
Vamos para domingo de manhã então?
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