Precipitado Diário,
Antes que você comece a tirar conclusões prejulgadas a respeito do post anterior já adianto: nem o que aconteceu lá nem o que vou narrar aqui me autorizam, ou te concedem o direito de reescrever o status quaestiones religioso deste tema. Foi, sim, algo misterioso que acabou acalmando meu coração. Mas, como disse antes, ainda assim não acreditava que Deus, apesar de me fazer assim, não me torcia Sua santa face. E tive mais um desses insights tempos depois...
Eu estava num retiro espiritual da minha atual religião. Lá, entre uma e outra reflexão, comecei a questionar Deus. Bom, questionar não seria bem o termo, é mais perguntar a Ele sobre o que eu deveria fazer com meu crossdressismo...
Eu estava sentada num quarto, com um livro de orações no meu colo, e li um texto que tratava sobre missão. Dizia mais ou menos o seguinte: cada um tem uma missão no mundo e não deveríamos nos importar com as opiniões dos outros e prestar contas somente para Deus.
Bonito, não? Logo vi que isso era pra mim...
Saí para o ar livre e tive um insight mais forte ainda, algo que me dizia que eu não deveria mudar nada porque desta forma, exatamente assim, gorda, peluda etc era como Ele me queria. E queria para que eu pudesse ajudar as pessoas que, assim como eu, sofrem deste tal de crossdressismo...
Mais outro momento estupefato, Era como se fosse outra bandeira verde de Deus.
E passei a seguir a vontade Dele.
E este blog, amável Diário, nasceu exatamente naquele momento, quando prometi a mim mesma usar os dois ou três talentos que tinha para justamente ajudar as pessoas a nos entender melhor. A ver que, semelhantemente ao slogan dos protestos de junho do ano passado, não só se trata de mudança de sexo ou de roupas, mas sim, de satisfação e bem estar consigo mesma perante o mundo que o cerca. O que, em outras palavras, se chama de felicidade.
Quer coisa maior que essa?
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