O que mais eu teria a relatar eu não me lembro ou não tenho paciência, aqui, para contar, mesmo assim vá lá: descobri-me crossdresser, agora pelo menos era rotulável e pertencente a uma minoria sexual talvez mais discreta que a maçonaria... ou alguém vê a sigla CD no verdadeiro alfabeto que se tornou o tal do movimento LGBTTXYZ?
Passei a morar sozinha, e comecei, com muita timidez ainda, a comprar sutiãs (pretos, de renda e em lojões bem baratos, preços modicíssimos!). Passei a usá-los no recesso de meu lar solitário. Sentia-me bem, talvez tenha sido o sutiã o meu primeiro fetiche em termos de roupas femininas: aquele tecido abraçando meus seios transmitia para mim uma sensação de poder e segurança que poucas vezes sentia...
Epa, espere aí: poder? Segurança? Enlouqueceu? Ah, caros amigos, não tentem compreender minha psique ou fazer disso tratados psicológicos intrincados. Se querem uma verdade, aceitem a que darei agora: eu me sinto mais segura e dona de mim quando estou de menina do que se estivesse usando uma armadura medieval. Por que? Je n´ai sais pas...
Este blog não foi escrito com esta finalidade, repito. Mas um pouco de intimismo, numa chuvosa noite de segunda-feira, quase onze e meia da noite, até faz sentido. Outros momentos como este virão, aguardem!
Fui!
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