... quando eu era pequena, a.V., insisti em ter um Diário. Leitora das revistas da Luluzinha, me deliciava com as histórias em que ela escrevia num diário e procurava a todo custo manter sua intimidade resguardada de todos, em especial dos meninos do bairro, dentre os quais se sobressaía, em especial, também pelo peso, o Bolinha.
Ganhei o tal caderninho, e, se bem me lembro, era bem feminino, com letras douradas e capa imitando alguma coisa tipo madrepérola, meio rosado. Comecei a escrever com afinco e letra redondinha, o que era um milagre para a minha sempre péssima caligrafia (anos após, abandonei de vez a letra cursiva e comecei a escrever em letra de forma mesmo, o que pouco adiantou para os que me liam, dona que era de uma cacografia, no mais literal senso da palavra...).
Pois bem, o tempo passa, o tempo voa, e eis-me agora novamente às voltas com um diário que, por seu incrível paradoxo, tende a tornar público, para a blogosfera e tutti quanti, os meus mais íntimos e profundos desejos. Fazer o quê, né? Serve esta postagem à guisa de introdução a um começo bem longínquo, quando tinha mais ou menos uns seis anos de vida...
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