sexta-feira, 15 de maio de 2015

Laura Pausini

Pausiniano Diário,

Hoje, 16 de maio, a minha, a sua, a nossa musa Laura Pausini completa 41 felizes anos de existência terrena! Longa vida a ela! E resolvi fazer dela mais uma vez assunto de post. Desta vez, com um approach diferente: como ela entrou na minha vida e a importância dela no permanente making of de Vanessa...
Escuto Laura há mais de vinte anos. E, para uma menina com quase a idade dela, como eu, isso significa metade da minha vida. E, obviamente, ela surgiu bem antes de Vanessa surgir na minha vida, mas ela deu um importante empurrão para que Vanessa aparecesse. Já já explico...
Imaginem vocês no início da década de 90, quais as músicas que um rapaz recém saído da adolescência ouviria. Laura Pausini, cantando em espanhol La Soledad seria uma das últimas opções. Ou, então, uma opção diria pouco menos ortodoxa...
Mas foi assim que começou. Em espanhol, depois, ao descobrir que se tratava de uma italiana, na sua língua pátria. Ajudou também o fato de na época estar estudando a língua de Dante. De certo modo ela foi minha professora... o pouco que sei desta língua devo - e muito - a ela.
Mas admitir a importância dela, pelo menos no início, para mim, era uma eterna justificação de que "apesar-de-escutar-laura-pausini-eu-não-sou-gay", ou algo do gênero. Mas nada me convencia do contrário, e, pior, a coisa só piorava...
A coisa só piorava porque eu passei a escutar muito suas músicas. E ela, em cada cd, tinha uma ou duas faixas que eu chamava de "auto-ajuda", tipo, aquelas músicas que você tinha que escutar quando estava para baixo, triste da vida. Foi assim que músicas como "Il Coraggio Che Non C´È", "Ascolta Il Tuo Cuore" e "Fidati di Me" (esta para mim uma das maiores injustiçadas em termos de coletâneas dela).
E aí Laura passou a ser para mim algo muito familiar. A irmã que eu não tive (lembrem-se, ela é um pouco mais velha que eu...). Aquela para quem eu apelava para me consolar nas minhas tristezas da vida...
Agora há pouco, fiquei bem umas duas horas, das onze à uma da manhã, vendo alguns clipes dela. E pude relembrar vários trechos da minha vida, amores perdidos, strani amori que vinham e se iam de modo tão esquisito, e para cada uma destas situações eu tinha uma canção dela para sacar da mente, para consolo, para alegria ou simplesmente distração...
Isso sem contar nas aproximadamente meia dúzia de vezes que sem querer querendo sonhei com ela...
Claro, elegendo-a como a irmã que nunca tive, algo mais estranho começou a ocorrer,,, não sei se seriam estas as palavras corretas, mas era como se minha alma começasse a ter uma voz. E era a voz dela...
Então, para cada cd novo, para cada música nova, era como se a minha própria alma cantasse, a minha própria alma se expressasse...
Mas, que alma? Ora, você é um homem, sua alma tem que ter voz masculina.
Mas não. A minha alma tinha a voz, o timbre dela.
E antes que você pense, não, não me tornei Vanessa por causa da Laura. Mas Laura que me chamou a atenção para Vanessa, que me dizia que eu deveria escutar meu coração, ainda que sofresse, sofrimento esse que ela passou, mas que mesmo assim eu ainda deveria confiar nela. Que dizia para eu vivê-la ainda que todo o mundo fosse contra, que eu deveria mergulhar dentro de mim e retornar para o exterior límpida...
Quem é pausiniana, como eu, sabe de cor que músicas que me referi no último parágrafo. E sabe que tudo isso é a mais pura e pausiniana verdade...
Mas, ainda assim, não aceitava ou não tinha consciência disso... até 4 de outubro de 2009...
Neste dia Vanessa já existia, mas não era tão ousada como hoje. Mas tinha um show dela (o último aliás, no Rio). E eu fui. Mas...
Eu fui devidamente maquiada e de bolsa. Só não me vesti completa porque não tive a coragem que hoje tenho.
E por qual razão fiz isso? Até hoje a única resposta que me veio à cabeça era "porque eu queria me encontrar com Laura da maneira como eu era realmente".
E neste dia eu me rendi: desde a primeira vez eu sempre escutei Laura para alimentar minha alma feminina. Para dizer a ela que apesar de tudo ela tem uma voz em quem se apoiar. E a voz era dela. Quem dava esperança para a alma era ela.
Ah, um aviso: apesar dos pesares, sou crítica quanto aos trabalhos dela. Algumas músicas dela eu simplesmente não gosto (In Assenza di Te é uma delas). E existem outros cantores que adoro, amo de paixão.
Mas Laura para mim está num outro patamar. Não é simplesmente uma cantora, para mim é A cantora, pouco me importando opiniões e críticas, seja lá de onde venham.
Porque sua voz é minha alma.
Límpida.


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