terça-feira, 2 de junho de 2015

Da Boca Da Minha Avó!

Avoengo Diário,

(Nossa, avoengo realmente tirei lá do fundo do baú...mas continue lendo até o final, você vai entender...)
Na realidade queria muito escrever este post pelo menos dois dias atrás, mas alguns fatores externos (tudo resumido como falta de tempo mesmo) me impediram de fazer. Assim, aproveitando uma folga inesperada, eis-me aqui para contar. Segue a notícia!
Bom, voltando ao ponto de onde parei, a tal da festa da família, lembra? Aquela que eu-queria-de-toda-maneira-aparecer-de-menina-e-mostrar-quem-eu-realmente-sou-para-a-família-e-dane-se-as-consequências, lembra? Pois é, nem tanto ao mar, nem tanto ao vento. Fui de menino mas por baixo estava de calcinha e top. Pela calcinha nem tanto, mas o top me colocou em certas situações um tanto quanto constrangedoras, como se afastar sutilmente dos tios/primos/afins/desconhecidos que davam um abraço tão forte quanto o tempo que não te viam, algo do tipo: "Seu sumido, dá cá um abraço", hmmmmm.... (o "hm...." é a pressão do abraço, inversamente proporcional a luta que fazia para desviar sutilmente os braços do saudoso parente para a área que o top abrigava... maaaasss...
Para minha felicidade, senti-me bem lá. Na realidade, tive medo de dar um ataque de criança mimada e surtar por lá com algo como "eu quero usar vestido!", mas felizmente tal não ocorreu. Por via das dúvidas, acabei levando comigo uma muda de roupa para (se minha senhora ler isso cairá dura e serei alvo de um belo esporro mais tarde...), se o clima permitisse, acabar usando.
Mas, querida (agora é para ela), eu não usei e, por mais que a vontade corroesse minhas entranhas, eu guardo ainda um resquício de simancol...
Bom, voltando, tudo corria muito bem, eu me senti feliz em meio aos meus parentes, aquela família italiana que por uma espécie de carma coletivo foi reencarnar toda no sertão cearense (talvez isso explique a origem de meu nome bem como minha paixão por Laura Pausini? Chi lo sa?), quando, de repente, não mais que de repente...
Para quem acredita em sinais, está aí um prato feito, digno da análise dos melhores e piores metafísicos da Nova Era que surgem aos borbotões nas prateleiras das melhores e piores livrarias mundo afora. Só contei o fato, até agora, para uma pessoa, na festa mesmo, que se confessou espírita kardecista, e jurou-me que acredita também nestas coisas, e que espero que esteja lendo este post também. Nem minha senhora sabe disso, saberá agora, isso se a raiva da revelação que fiz dois ou três parágrafos atrás a deixou bufando de raiva e dizendo "não quero nem saber do resto disso...". Vamos ao fato, pois...
Estava eu lá conversando - ou tentando conversar, haja vista o som da música - com a única pessoa que soube deste fato logo depois, quando de repente levanta-se uma tia minha e resolve conversar amenidades. Até aí nada de mais. Segue a transcrição:
- Ô, menino, sabe que você tá ficando cada vez mais parecido com seu pai?
(Não pude deixar de ficar um pouco orgulhosa com tal comparação, se o modo Vanessa estivesse ligado, naquela hora mesmo cairia em lágrimas)
- Verdade, tia? Pois é, a careca não deixa mentir... (disse eu, tirando meu chapéu de sambista, adereço obrigatório na festa cujo tema era boteco)
Ela riu e disse, tirando o chapéu da minha mão:
- Ora, e você lá se importa com isso? Deixa assim mesmo! A pessoa tem é que mostrar o defeito, e não ficar escondendo dos outros! Se você é assim, pra que ficar com coisa tipo querendo esconder dos outros?
Amigos, confesso que gelei com a parte que grifei acima. Fiquei sem reação. E ela arrematou, querendo que eu concordasse:
- Isso, meu filho, é dito da sua avó. Ela sempre falava esse tipo de coisa...
Fiquei mais embasbacada ainda. O pouco tempo que Deus me permitiu um convívio mais próximo com minha avó, nunca ouvi semelhante coisa. Mas é algo muito provável que em algum momento da sua vida ela teria dito isso, pois é algo típico dela.
Então, ela me devolveu o chapéu e me deu uma reflexão. Fiquei parada, lembrando de minha avó, que no dia seguinte completaria três anos de falecida. Teria ela falado comigo, ou mandado uma mensagem despretensiosa do tipo "para de frescura e se mostre logo"?
Antigamente, confesso, acreditava mais neste tipo de coisa. Hoje revelo-me um pouco mais cética, mas pensem bem. Por qual artes do destino eu teria que ouvir esse tipo de coisa, neste exato momento da minha vida e com tudo o que pensei na semana anterior?
Por fim, povo, confesso: o que ouvi naquela hora teve quase o mesmo efeito do dia em que Deus (ou alguém muito próximo dEle), me fez cantar Legião Urbana para me consolar. Teve quase o mesmo efeito. E, para meu mais completo espanto, partindo de uma das últimas pessoas que esperava ouvir isso, talvez a minha tia mais conservadora.
A vida é mesmo cheia de (agradáveis) surpresas...



Um comentário:

  1. New York: The Best Casino - JT Hub
    In fact, 광주 출장마사지 the new Super Lotto 의정부 출장마사지 site 군산 출장샵 is a huge win for 문경 출장샵 anyone looking to enjoy slots online, including blackjack, roulette, and video 천안 출장안마 poker games.

    ResponderExcluir